sexta-feira, 4 de maio de 2007

Sempre pensando o projeto

FOTO - Vivência e integração d'O Caminho, 1 de julho de 2006, da direita para a esquerda: Lucas, Patrícia e Jorge.

"O que é humanização? Inicialmente deve se ter em mente a sutil diferença entre discutir humanização e humanização da saúde.A humanização pura e simples, parece ser o ato ou efeito de "deixar marcas" de passagens humanas em locais, pessoas, objetos etc (no Congresso de Humanização da Saúde ano passado isso foi discutido numa das mesas, em que falou que praia teria sido humanizada no fim de semana anterior, ficara com restos de atividade humana, ou seja lixo). Logo, vale salientar que a humanização em si nem sempre é positiva. Além disso, é importante frisar que mesmo não humanos podem ficar "humanizados" (pergunta meio idiota feita num tertúlia tempos atrás: pode se humanizar um cachorro?)e vice-versa (talvez a necessidade de humanizar o homem, e não mecanizá-lo ainda mais).Quanto à humanização da saúde é um debate muito em voga no meio médico (entenda-se meios de profissionais que atuam na saúde)em que muitas vezes se confude com maquiar o mundo como rosa, feliz e amoroso. Não que ele não deva sê-lo, no entanto, discutir humanização na saúde implica discutir políticas a serem adotadas pelo serviço de saúde, treinamento de profissional (deste o vigia com quem o paciente tem o primeiro contato até o mega cirurgião extremamente capacitado) para saber lidar com pessoas (contradição ao extremo, mas na mecanização do serviço, apenas voltado para a cura da patologia e não a prevenção ou entendimento do seu acontecimento parece ser necessário para se entender todo o indivíduo e sua inserção social), discutir estrutura e racionalização de atendimento e assistência e não apenas querer convencer alguém de que o mundo ainda é lindo (como disse um amigo "rosa com azul bebê"), deve-se lutar para ele tornar-se assim.Este debate é muito amplo com muitas coisas a serem levantadas, no entanto, deve-se ter cuidado de, ao se discutir tal assunto, não se caia no assistencialismo excessivo (apesar deste ser duramente criticado e com razão, ainda tem seu mérito em relações humanas em certas situações, desde que não de forma exagerada), algo que torna a conversa supercial e limitada.

Lucas Diniz."

Um comentário:

Anônimo disse...

Ehhh Luquinhas só vc mesmo pra escrever assim. Compartilho de seu bom senso!!!!
Nossa o blog ta lindo, parabéns para aqueles que o fizeram!!!